Governadores querem incluir pendências bancárias em projeto de dívidas dos estados
Sugestão foi apresentada pelos membros do Consórcio Nordeste durante reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Em reunião realizada nesta quarta-feira (7) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os governadores do Nordeste propam a inclusão das dívidas bancárias de estados na discussão da proposta que trata da renegociação dos débitos estaduais com a União. A expectativa é de que a matéria das dívidas dos estados com o governo federal seja votada na próxima semana.
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“Os estados que não têm dívida com a União ou têm dívidas pequenas com a União também têm dívidas com sistemas bancários, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e o BNDES. Também estamos propondo que é importante possibilitar que essas dívidas bancárias também sejam renegociadas, seja com carência, alongamento do tempo ou a redução de taxa”, disse o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT).
A declaração foi dada após a reunião com Pacheco, na residência oficial do Senado, em Brasília. O governador do Piauí informou ainda que o Consórcio Nordeste vai formular um texto oficializando a proposta das dívidas bancárias. O presidente do Congresso, por sua vez, não bateu o martelo, mas vai avaliar a medida.
Como mostrou o R7, os governadores sugeriram que todos os demais entes federados tenham benefícios proporcionais aos estados superendividados. De acordo com o Ministério da Fazenda, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul respondem por cerca de 80% do valor da dívida de estados com a União.
O encontro foi articulado pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). “A reunião foi muito positiva, muito produtiva. E ele foi muito sensível às propostas que apresentamos em nome do Consórcio do Nordeste [...] É necessário que os estados menos endividados sejam também contemplados, sob pena, se isso não acontecer, de agravar cada vez mais as desigualdades do ponto de vista regional socio-econômico”, disse.
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