Motta diz que vai se reunir com Haddad para tratar sobre aumento do IOF
Presidente da Câmara deu dez dias para governo apresentar alternativas à medida
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (2) para tratar sobre as medidas alternativas ao aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre algumas operações, segundo apurou o R7. O encontro também vai contar com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A reunião será na Residência Oficial da Câmara.
Motta explicou que trabalha para que uma solução ao decreto que aumentou o IOF seja divulgada nos próximos dias. Na semana ada, Motta, Alcolumbre e Haddad estiveram reunidos para discutir o tema. Após o encontro, Motta disse que o governo teria dez dias para apresentar uma alternativa.
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O Congresso espera a revogação integral do decreto, mas o governo nega que vá agir nesse sentido. Nesta segunda, Haddad disse que o ime deve ser resolvido nesta semana e defendeu um conjunto de “ações estruturantes” no lugar de ajustes pontuais.
Para Haddad, o decreto do IOF abriu espaço para uma agenda de debate mais ampla sobre cortes nos gastos públicos.
Motta tem defendido uma reforma istrativa como alternativa para o governo federal economizar recursos públicos. Ele diz que a medida é melhor do que aumentar impostos, a exemplo da medida do IOF.
Antes do encontro com Haddad na semana ada, Motta chamou o decreto de “infeliz” e disse que a Câmara trabalha para avançar em pautas positivas para o Brasil, entre elas a reforma istrativa.

Entenda
Em 22 de maio, o governo anunciou um decreto para aumentar o IOF de algumas transações financeiras. No mesmo dia, contudo, o Ministério da Fazenda recuou em trechos do decreto por “necessidade técnica”, mas a maior parte da medida foi mantida.
Em 23 de maio, o governo publicou outro decreto que mantém em zero a alíquota do IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. O texto original da medida, contudo, previa um aumento de 3,5% para essa operação.
O decreto também mantém em 1,1% a alíquota sobre remessas para o exterior destinadas a investimentos — esse valor também subiria para 3,5% antes do recuo do governo. O aumento na taxação do IOF foi apresentado entre as medidas de revisão do Orçamento de 2025.
Com o recuo, o governo estuda outras formas de compensar o bloqueio, com o corte de outras despesas ou com o anúncio de novas medidas de arrecadação. Em paralelo, congressistas trabalham para derrubar o aumento do IOF com um projeto de decreto de legislativo.
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