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Joe Biden confundia aliados e não reconheceu George Clooney, diz livro

Publicação revela bastidores da decadência física e mental do então presidente dos Estados Unidos

Internacional|Do R7

Segundo livro, Biden tinha lapsos de memória em reuniões Instagram/joebiden

Um novo livro escrito pelos jornalista Jake Tapper, da CNN, e Alex Thompson, da Axios, intitulado “Pecado original: o declínio do presidente Biden, sua tentativa de encobrimento e sua desastrosa escolha de concorrer novamente”, traz revelações impactantes sobre o estado físico e mental de Joe Biden durante os últimos anos de sua presidência e a controversa decisão de buscar a reeleição em 2024. A obra, que será lançada em 20 de maio, retrata um presidente em franca decadência física e mental, protegido por assessores e familiares que, segundo os autores, esconderam sua condição da opinião pública.

O livro descreve episódios preocupantes, como lapsos de memória em reuniões, confusão com nomes de aliados de longa data e momentos de total desorientação em público. Um dos casos mais marcantes relatados foi durante um evento de arrecadação com George Clooney, quando Biden aparentemente não reconheceu o ator. Em outro momento, Barack Obama teve que ajudá-lo a sair do palco após o presidente permanecer parado, olhando fixamente para a plateia.

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Os autores revelam que assessores próximos chegaram a discutir o uso de uma cadeira de rodas caso Biden fosse reeleito. Ainda segundo o livro, embora a equipe médica atribuísse o andar rígido do presidente à artrite e desgaste na coluna, internamente havia grande preocupação com quedas e a limitação cada vez maior de sua capacidade funcional. A Casa Branca, contudo, minimizou publicamente essas questões.


A decisão de Biden de permanecer na corrida presidencial mesmo diante de sinais visíveis de fragilidade gerou revolta entre aliados. David Plouffe, estrategista democrata que atuou na campanha de Kamala Harris após a saída de Biden, classificou a situação como “um pesadelo” e afirmou que o partido foi “traído” pelo ex-presidente. A desistência oficial ocorreu apenas após um debate desastroso contra Donald Trump, em que Biden se mostrou visivelmente confuso.


Apesar dos relatos alarmantes, o livro tem poucas declarações nominais, sendo baseado majoritariamente em fontes anônimas — o que, segundo críticos, demonstra o receio de muitos democratas em falar abertamente sobre o tema. Um dos poucos a se manifestar publicamente foi o deputado Mike Quigley, que comparou a fragilidade de Biden à de seu pai nos estágios finais do Parkinson.


O livro descreve o círculo íntimo de Biden como “o Politburo”, uma referência ao órgão político da União Soviética, sugerindo que eles controlavam o fluxo de informações e tomavam decisões em nome do presidente. A primeira-dama Jill Biden é retratada como uma defensora ferrenha do marido, protegendo-o de críticas e influenciando suas decisões.

A revelação de que líderes democratas, mesmo cientes da situação, optaram por apoiar Biden até o fim expõe uma crise de responsabilidade dentro do partido. Segundo o livro, nomes como Ron Klain e Antony Blinken cogitaram discutir a candidatura, mas nunca confrontaram o presidente diretamente. Bill Daley, ex-chefe de gabinete de Obama, tentou convencer governadores a lançar pré-candidaturas em 2023, sem sucesso.

O lançamento do livro reacendeu o debate sobre a idade e a saúde dos líderes políticos, bem como a necessidade de maior transparência e responsabilidade por parte dos partidos políticos. A obra também levanta questões sobre o futuro do Partido Democrata, que agora enfrenta o desafio de encontrar um novo líder para as eleições de 2028.

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