Bolsonaro e Mauro Cid vão sentar separados em interrogatório no STF
Inicialmente, conforme a disposição das mesas, os dois sentariam perto um do outro, numa distância de um palmo

No interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado no STF (Supremo Tribunal Federal), que começa na próxima segunda-feira (9), Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens dele, vão sentar separados, e não mais lado a lado, como previsto anteriormente.
Inicialmente, conforme a disposição das mesas, os dois sentariam perto um do outro, numa distância de um palmo. Agora, Mauro Cid sentará ao lado do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), enquanto Bolsonaro vai ficar entre o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.
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As audiências acontecem presencialmente, no prédio do STF. Apenas o interrogatório do general Walter Braga Netto será por videoconferência, pois o militar está preso.
Mauro Cid será o primeiro a falar por ter fechado um acordo de delação premiada. Depois, os réus serão interrogados por ordem alfabética.
Como vai ser o interrogatório?
O interrogatório vai acontecer na sala da Primeira Turma do STF. O ministro Alexandre de Moraes se sentará no meio da mesa de ministros e conduzirá a audiência. Poderão acompanhar o representante da PGR (Procuradoria-Geral da República) e os demais ministros da Primeira Turma.
Na frente de Moraes, haverá uma mesa com dois lugares. Nela se sentarão um réu e um advogado para apresentar a versão. Atrás, haverá oito mesas separadas por um palmo para ficarem outros réus e advogados. Nessas mesas, da direita para a esquerda, se sentarão os réus na seguinte ordem:
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Nas cadeiras anteriores, poderão ficar mais bancas de advogados. Em cima, nos lados direito e esquerdo, ficarão profissionais da imprensa.
Datas definidas pelo STF
No dia 9, os interrogatórios ocorrerão das 14h às 20h.
Caso haja necessidade, o ministro Alexandre de Moraes designou as seguintes datas para continuidade dos interrogatórios:
- 10 de junho, das 9h às 20h;
- 11 de junho, das 8h às 10;
- 12 de junho, das 9h às 13h; e
- 13 de junho, das 9h as 20h.
O ministro deixou claro que os réus têm o livre direito de falar ou ficar em silêncio, nos termos da Constituição.
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